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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Fórum debate rumos do profissional nas Análises Clínicas


O 1° Fórum Sul Brasileiro de Análises Clínicas, realizado na última sexta-feira (23/11), em Curitiba, reuniu representantes de reconhecimento nacional em torno de um dos mais complexos temas da atividade farmacêutica. Além de membros dos Conselhos de Farmácia dos três estados da região sul, integrantes da Federação Nacional dos Farmacêuticos, o presidente nacional e a vice-presidente regional da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), Irineu Keiserman Grinberg e Alzira Aquino, também prestigiaram o evento.
O Fórum contou com palestrantes renomados, representantes de instituições tradicionais do sul do país e recebeu quase uma centena de participantes, aos quais foram apresentadas análises sobre o cenário acadêmico, o mercado e as possibilidades de atuação do profissional nas análises clínicas. O presidente do CRF-RS, Diogo Miron, salientou a importância do evento para congregar os Conselhos dos três estados no debate dos principais desafios da atividade farmacêutica no âmbito das análises clínicas. Diogo destacou, ainda, a discussão acerca do ensino farmacêutico em relação às análises clínicas e a profícua e necessária aproximação da realidade da Academia com o mercado de trabalho.
Para o presidente da SBAC, Irineu Grinberg, o Fórum foi o melhor evento de discussão sobre Análises Clínicas já realizado. O que ficou cristalizado, na opinião do bioquímico, de forma quase unânime, foi a constatação de que o atual modelo de currículo dos cursos de Farmácia não favorece o estudante que deseja atuar em Análises Clínicas. A maior ênfase à questão do medicamento e a deficiência na grade curricular, inclusive no que tange à carga horária de disciplinas fundamentais ao exercício profissional nos laboratórios são aspectos que prejudicam o farmacêutico recém formado na concorrência com graduados em outros cursos.
Grinberg enfatiza que a SBAC, "instituição eminentemente científica, tem desenvolvido um trabalho eficiente na educação continuada (através de cursos de especialização, programas de pós-graduação, seminários e do Programa de qualidade)", mas salienta que a formação acadêmica carece de profundas atualizações. Desta forma, mostra-se necessária a busca de soluções junto aos cursos de Farmácia para melhorar a preparação dos futuros profissionais.
Como resultado concreto, foi produzido, ao final do Fórum, um documento destinado ao Conselho Federal de Farmácia com os principais tópicos abordados, incluindo uma análise da atual conjuntura e propostas para cada um dos assuntos apresentados.